sexta-feira, 25 de maio de 2012

"7.5% está fora da realidade. Não aceitamos e a greve continua"


Em julgamento do dissídio entre rodoviários e representantes do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Salvador (Setps) realizado na tarde desta sexta-feira (25) na sede do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), ficou decidido que a paralisação dos trabalhadores continua por tempo indeterminado.

Desta vez, a proposta oferecida pelo sindicato patronal foi de 7.5% de reajuste salarial e aumento para R$ 11,22 no ticket alimentação. Atualmente, o valor do ticket é de R$ 10,70.

Além disso, o sindicato ofereceu o retorno do quinquênio, direito suspenso desde 2006 que prevê aumento salarial de 5% a cada 5 anos de trabalho. Apesar de ter algumas das reivindicações atendidas, os rodoviários não abriram mão de ter o reajuste de 13,80%. 

Em conversa com a equipe de reportagem do Bocão News, o diretor de Comunicação do sindicato afirmou: "7.5% está fora da realidade. Não aceitamos a proposta e a greve continua".

Segundo ele, "agora resta o patronal sentar e negociar".  As empresas disseram que irão descontar os dias não trabalhados.

 
O presidente dio sindicato dos rodoviários, Manoel Machado, em conversa exclusiva com a equipe de reportagem do Bocão News, esclareceu que "não está nas ruas o efetivo determinado por lei porque estamos com dificuldade. Precisamos de logística para levar os motoristas até as garagens e isto deve ser cedido pelas empresas".
 
Caso o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) cumpra com a lei que exige o efetivo de 40% nas ruas - sendo que 60% em horários de pico, o sindicato já terá que pagar a multa de R$ 150 mil. Já para o sindicato patronal, a multa já chega a R$ 75 mil.
 
Segundo Machado, 18 mil rodoviários estão parados e "indignados com a situação em que a categoria se encontra", ressaltou. "Estamos fazendo assembleia permanente e abertos à negociação", disse.
 
O presidente explicou que na última conciliação as empresas ofereceram um reajuste de 4.88%. Já o Ministério Público via Tribunal Regional do Trabalho (TRT) propôs 5.38% no Dieese mais 3% de ganho real. "Caímos de 13.38% para 11%. Este valor já seria defensável", revelou Machado.
 
A greve atinge os serviços de 18 empresas urbanas - que atuam na capital e 15 intermunicipais e de fretamento (turismo). Para Machado, basta haver negociação. "Ou o patronal traz uma proposta digna ou então é continuar parado".
 
Reivindicação da categoria
 
O sindicato da categoria reivindica aumento de 14%, correspondente à inflação, mais 8% de ganho real, além do retorno do quinquênio, fim da terceirização, plano de saúde para empregado e família, 30 tickets no mês, com aumento do valor de R$10,60 para R$15.
 

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