A mobilização começou, neste caso específico, veio junto à manifestação de Caetano Veloso, que escreveu um artigo, publicado em A Tarde, contra a empreiteira por ela utilizar o nome do movimento das décadas de 1960 e 1970 em seu empreendimento.
De acordo com a nova publicada na coluna Tempo Presente, desta terça-feira (24), Caetano apoiou a mobilização popular contra a aprovação da lei de Ordenamento e Uso do Solo (Louos) que também foi criticada por ele.
Ainda de acordo com o jornalista Biaggio Talento, que assina a coluna, o compositor baiano manteve as suas queixas contra a construtora. Para ele, o modo desregulado como vem se dando o crescimento da Cidade do Salvador, não condiz com o trabalho de artistas que integravam o “movimento”.
A luta do filho de Dona Canô continua. Ele busca que a gigante Odebrecht decline e mude o nome do empreendimento, algo que poucas pessoas contam como possível. A pergunta que fica é: será que Caetano vai participar do movimento nas ruas de Salvador? Em caso afirmativo uma coisa é certa: a quantidade de pessoas nas ruas deve crescer exponencialmente.
Mais que isso, a participação efetiva de um ícone consagrado da música baiana remete ao retorno dos grandes protestos que marcaram os idos de 1970 e 1980, quando a ditadura era a inimiga comum a todos. Agora, as manifestações tendem a perder fôlego e consequentemente deixam de ser, muitas vezes, respeitadas tanto pelas autoridades quanto pela própria sociedade, ou a parte dela que se mantém alheia ao que acontece ao seu redor.
Foto: Roberto Viana // Bocão News
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