quarta-feira, 10 de abril de 2013

LevaNóiz Produções e Rafa Produções Musicais na mira da PF


Na última terça-feira (9), a Polícia Federal e Ministério Público da Bahia (MP-BA) cumpriu quatro mandados em Salvador e um em Serrinha em produtoraas baianas, onde foram apreendidos documentos, contratos e discos rígidos afim de comprovar suspeitas de superfaturamento de shows musicais contratados por prefeituras municipais. A ação faz parte da 'Operação Máscara Negra', que investiga corrupção e desvio de verbas em 12 estados brasileiros, de acordo com informações do MP-BA.
 
As pessoas suspeitas de participar do esquema são acusadas de desvios de recursos em órgãos municipais e estaduais, pagamento de propinas, superfaturamento de produtos e serviços, utilização de empresas fantasmas, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e enriquecimento ilícito de agentes públicos. Entre os acusados estão empresários. No total, as verbas públicas sob investigação ultrapassam R$ 1,1 bilhão. Também há suspeita de que servidores e agentes públicos facilitaram a atuação da organização criminosa para desviar recursos municipais, estaduais e federais. O MP constatou o pagamento de propina a servidores municipais no valor de R$ 70 mil. 
 
Segundo o promotor de Justiça Ariomar Figueiredo, os shows contratados por prefeituras do Rio Grande do Norte eram intermediados por empresas de produção de eventos baianas. “A parte da Bahia nessa investigação é levantar esses dados, afim de comprovar se houve o superfaturamento e, em caso positivo, quantificar o prejuízo aos cofres públicos e repassar as informações para o MP do Rio Grande do Norte”, destaca o promotor que coordena o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e de Investigações Criminais (Gaeco).
 
Ao site do jornal A Tarde, Figueiredo, revelou o nome de duas empresas envolvidas: LevaNóiz Produções e Rafa Produções Musicais. A LevaNóiz informou que fez um show na ciadade de Guamaré (RN), no Carnaval de 2012, e que, ao ser solicitada, disponibilizou o contrato de participação no evento aos investigadores. Ainda segundo o site, a Rafa confirmou que também fez shows em Guamaré, no mesmo período, e destacou que os contratos foram viabilizados por meio de uma empresa terceirizada.
 
Os investigados responderão pelos crimes de fraude à licitação, desvio de verbas publicas, corrupção ativa e passiva e formação de quadrilha.

Nenhum comentário:

Postar um comentário