quinta-feira, 14 de março de 2013

Argentino Bergoglio é o novo papa, sob o nome de Francisco


Bergoglio era citado como um candidato moderado no conclave de 2005 que escolheu Joseph Ratzinger como papa.
A imprensa italiana diz que ele impressionou os cardeais nas reuniões preliminares ao conclave, nas quais os problemas da Igreja foram discutidos.
Reservado e humilde, Bergoglio não se encaixa no papel de pregador ativo e carismático que muitos cardeais diziam estar buscando. Antes de entrar para o clero, ele se formou em química.
"Eu não esperava, mas estou absolutamente contente. É um momento muito único. Há uma grande sensação de unidade aqui. É ótimo que eles tenham chegado a uma decisão sobre quem irá liderar a Igreja", disse o padre escocês John Mcginley, que viajou especialmente para acompanhar o conclave.
"Ele é muito humilde, ouvi dizer que em Buenos Aires ele costumava apanhar o transporte público, tinha um apartamento e cozinhava para si mesmo. O fato de ele ter escolhido o nome Francisco significa muito. Significa que teremos um papa humilde, simples, próximo dos pobres. Mas foi uma grande surpresa", disse o advogado canadense Jules Charette, 54 anos.
Antes da aparição do novo papa, bandas das Forças Armadas italianas e da Guarda Suíça (força simbólica do Vaticano) desfilaram diante da basílica.
O conclave começou na terça-feira à tarde, quando foi feita a primeira votação. Na quarta-feira, houve mais quatro escrutínios, até que Bergoglio conseguisse a maioria de dois terços.
Os conclaves modernos são mais rápidos que os de antigamente. Os últimos quatro papas foram todos eleitos em dois ou três dias. Em 2005, Bento 16 precisou de apenas quatro votações para confirmar seu favoritismo.
Nas reuniões preparatórias ao conclave, os cardeais pareciam divididos entre os que queriam um pontífice com grande capacidade administrativa para fazer reformas na Cúria romana, e aqueles que desejavam uma figura com mais vocação pastoral, que revitalizasse a fé católica no mundo.
Além de Scherer e Scola, eram citados também entre os favoritos os norte-americanos Timothy Dolan e Sean O'Malley, o canadense Marc Ouellet e o argentino Leonardo Sandri. Bergoglio nunca apareceu entre os favoritos.

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