quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Preta Gil: "Quando eu morrer quero um caixão de oncinha e rosa-choque"

Preta Gil: \
Quando dizem que a ficção às vezes se mistura com a realidade, Preta Gil quase se enquadra nesta frase. A cantora, que também é atriz formada, está no elenco do filme Billi Pig, de José Eduardo Belmont, e vive Dona Generosa, que é dona de uma funerária. O personagem cômico, que estreia dia 2 de março nos cinemas, se encaixou perfeitamente com a personalidade dela, contudo a ‘proximidade’ com os caixões também.



“A Dona Generosa herdou a funerária do marido e ela nem gosta daquilo, não quer, nem se dá bem. Por este motivo, nem paramos em si para dar um foco nisso. O Zé nunca me pediu para ir a uma funerária fazer laboratório e, mesmo que tivesse pedido, eu teria ido porque eu lido muito bem com a morte, já frequentei muitas funerárias na minha vida por ter de enterrar muitos entes queridos. Como tenho essa relação tranquila, sempre sobra para eu escolher o caixão.”
Sempre na brincadeira, Preta ainda dá a dica de como quer que seja seu caixão quando ela partir para um outro mundo: estampa de oncinha e rosa-choque.
“Isso, para mim, nunca foi fúnebre. Acho natural da vida. Todos nós vamos morrer um dia e alguém vai ter de escolher o caixão de vocês. Se eu estiver viva posso dar um toque! O meu já falei que quando eu morrer quero um caixão de oncinha e rosa-choque. Já dei a dica.”
Ela ainda volta a falar de sua personagem e afirma que o fato de Dona Generosa trabalhar em funerária não é o mais importante do filme, mas sim a história de uma mulher sofrida e amargurada.
“A funerária é um cenário para uma mulher amargurada, que precisa ganhar dinheiro e ela não tem o menor tino comercial. Na redondeza, tem morrido pouca gente e quem morre, os traficantes botam no ‘micro-ondas’ e ela fica decepcionada e falida. É a história de uma mulher sofrida e amargurada.”

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