quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

“Ôôô a PM parou, o carnaval acabou", diz manifestantes


No início da tarde desta quarta-feira (08), nono dia de greve da polícia militar, amigos e familiares dos grevistas voltam a protestar na área externa da Assembleia Legislativa, Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador. Em coro os manifestantes começam a cantar diante das câmeras: “Ôôô a PM parou, o carnaval acabou a culpa é do governador”.
 
A ação, segundo os manifestantes, é em repudio a proposta do governo que ofereceu a implantação escalonada da Gratificação por Atividade Policial GAP IV, a partir de novembro deste ano, de forma que todo o efetivo militar seja promovido até 2015 à GAP V, principal reivindicação da categoria.
 
Segundo o governo a GAP IV terá sua implantação concluída em 2013. Um processo de transição será implantado, em 2014, com a aplicação de uma escala intermediária equivalente à metade da diferença entre a GAP IV e a GAP V e, em novembro de 2015, todos chegarão à GAP V. o governador Jaques Wagner também o reajuste de 6,5%, retroativo a janeiro de 2012.
 
Para Wagner essas propostas irão assegurar ganhos escalonados no período, que chegarão a 38,89% para soldados e a 37,11% para sargentos, graduações que correspondem aos maiores contingentes da tropa. Também está inserida na proposta uma medida de valorização do soldo com a incorporação de R$ 41,00 da GAP III.
 
O Governo do Estado desconsiderou, pela via legal, como infração administrativa disciplinar as situações que envolvam, exclusivamente, a paralisação pacífica do serviço durante o período do movimento.
 
As associações que compõem a mesa de negociação com o governo não aceita as formas de pagamento. O coronel Edmilson Tavares, presidente da Associação dos Oficiais da Polícia Militar da Bahia (AOPMBA), diz que a proposta do governo, de pagar as gratificações em prestações ao longo dos próximos anos, não é ideal para a categoria.
 
Os grevistas permanecem amotinados no prédio da AL desde o dia 31 de janeiro e cantam o hino nacional. Eles também gritam palavras de ordem e afirmam que permanecem no local até que todas as reivindicações colocadas em pauta sejam cumpridas. Eles querem a anistia para todos os grevistas.

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