A Organização das Nações Unidas (ONU) mantém representantes e observadores desde os primeiros dias de ocupação da Assembléia Legislativa da Bahia por integrantes dos movimento grevista da Polícia Militar no último dia 31.
De acordo com Eliseu Fagundes, diretor da missão da Federação Brasileira de Direitos Humanos (FBDH), diversos excessos foram cometidos nos últimos dias. “Quero deixar claro que não estamos aqui apoiando qualquer lado. Queremos contribuir para que não haja um banho de sangue”.
O diretor da entidade revela que há observadores da ONU junto aos manifestantes nas dependências da Assembleia. “O que nos preocupa ainda mais é que lá existem crianças, mulheres e idosos”.
Fagundes ressalta ainda que o método de cortar o fornecimento de água e alimentação também não é aceitável nesta situação. Para ele, diante da situação a que se chegou, deixar as crianças e idosos sem comer pode provocar danos psicológicos desnecessários. Ele argumenta que não é favorável à participação destas pessoas no protesto, contudo, o fato é que a condição agora é essa.
O representante dos Direitos Humanos também se posiciona contrário ao tratamento dado aos manifestantes. No entendimento da instituição não se pode marginalizar trabalhadores que buscam melhorias de condições trabalho através de greve.
Sobre a estratégia dos manifestantes de ocupar espaços públicos, o membro da FBDH diz que ainda que estejam nestas condições não se pode justificar “banho de sangue”.
Ele avaliou o governo baiano como inábil por ter convocado o Exército para conter o protesto. Segundo Fagundes, os policiais não são terroristas, nem estão ameaçando explodir a Assembleia ou ainda colocando em risco o patrimônio público.
“Estamos aqui e vamos continuar acompanhando tudo para garantir a integridade física e psicológica dos envolvidos. Não podemos deixar uma marca tão negativa para a Bahia. Isso não é bom para ninguém”.
Foto: Gilberto Júnior // Bocão News
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