segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Ações racistas lideram ocorrências do Observatório 2012

O maior número de casos está associado à discriminação racial, num total de 104 casos
O relatório parcial do Observatório da Discriminação Racial, Violência contra a Mulher e LGBT constatou aumento nos casos de agressão e desigualdade nos percursos carnavalescos, em relação à edição anterior. Nas primeiras 72 horas registrou 159 ocorrências. O maior número de casos está associado à discriminação racial, representando uma média de aproximadamente 65%, com 104 ocorrências.

Em seguida, estão os casos de violência contra mulher com 33%, com registro de 59 agressões contra as mulheres, e por último, a violência contra LGBT, com 2% de ocorrências registradas.

Com o slogan “Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direito”, a Prefeitura de Salvador, através da Secretaria Municipal da Reparação (Semur), pretende identificar atos de discriminação e violência racial, de gênero e homofóbica no circuito da folia até o final do Carnaval. Na sétima edição, o Observatório atua com 100 funcionários em pontos estratégicos do circuito da festa e nos seis postos instalados em várias áreas da cidade (Cruzeiro do São Francisco – Sociedade Protetora dos Desvalidos (SPD); Ladeira de São Bento; Lapa; Camarote Casa dos Bailes – Casa D’Itália; Assufba e Faculdade Social da Bahia – Ondina).

A proposta é imbuídos da missão de contribuir para a realização de uma festa popular tranquila e igual para todos os foliões, independente da cor ou orientação sexual. em denunciar atos de violência e de discriminação durante o circuito.

O Observatório ainda reúne dados que comprovem a existência de ações discriminatórias raciais, de gêneros e homofóbicas, dentro do circuito carnavalescos. Os casos registrados servem de subsídios para a formulação e implantação de políticas públicas, voltadas para a prevenção de discriminações e desigualdades, motivadas por raça, gênero e orientação sexual.

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